Com um desemprego levemente menor e a confiança maior com o novo governo entre os empresários e os consumidores, os supermercados paulistas demonstraram isso com a projeção de 5% no aumento de vendas no setor, acima dos 4% de 2018/2017.
Na última pesquisa de confiança, 54% dos empresários do setor estão otimistas com o futuro sendo que 85% confiantes em aumentos de venda nos próximos meses. E o segundo teste do ano pós carnaval, é a Páscoa, que ainda é a segunda melhor data para o Varejo de alimentos, não só pelos chocolates, mas pelas compras de almoço e/ou jantar que as famílias realizam.
Preços
Cacau, leite, açúcar, farinha e componentes químicos formam os ovos de páscoa e doces em geral. Terceiro maior mercado de chocolates do mundo, não é de surpreender então que o chocolate barra sobe 5,62% no acumulado quando estes componentes tiveram aumentos, seja pelos choques do dólar, da indústria do leite e de componentes biológicos/químicos que vem de 2018.
Em geral, os doces sobem 2,33% beneficiados pelo bombom e as balas.
Entre os alimentos, o Vinho que é utilizado como presente ou em cidades maiores é apreciado na data junto com o Macarrão, tornam almoços familiares mais caros com 5% de aumento e o macarrão e massa fresca, influenciados pelo trigo mais caro, sobem mais de 8%. Para o Bacalhau, tradicional na época, 21,83% de aumento é algo que poderá tirar da mesa de alguns consumidores este peixe. Cerveja e ovo (que possui um pico de vendas nesta época por motivos religiosos), possui queda de -7%.
O Dilema do Ovo de Páscoa
O Ovo de Páscoa deve ficar 5% mais caro em relação ao ano passado e os Supermercados estão cada vez mais rígidos em suas encomendas com a indústria. Algumas lojas reportam até 40% de encalhe pós-páscoa e isso se deve à diversos fatores que podemos enumerar como a percepção de custo benefício do consumidor que aumentou nos últimos anos com o advento da internet e redes sociais, a crise econômica, a diminuição do tamanho das famílias, o aumento do número de solteiros e envelhecimento da população.
Tudo isso faz com que o Ovo de Páscoa deixe de ser tendência, principalmente os ovos de mais de 500G de menor giro e apelo neste contexto apresentado. Para se ter uma idéia da queda deste produto, em 2015 80 milhões de ovos foram produzidos e em 2017 já estava em apenas 36 milhões.
Vendas
Em relação às vendas, os supermercadistas em relação aos chocolates têm como líder de expectativas a caixa de bombom, com 5,88% o que segue a tendência dos últimos anos de crescimento deste produto na medida que o consumidor migra para versões mais baratas e com custo benefício percebido maior. O ovo de Páscoa terá tímido crescimento de apenas 2,40%.
Fonte: Associação Paulista de Supermercados